Horas finais


A noite que passa e nunca acaba. As pessoas que falam, mas nunca fazem compania. As risadas que ressoam, mas nunca me contagiam. As lágrimas que insisto em oprimir, porque simplismente não fazem parte do roteiro. É uma noite difícil, a última do ano e uma das mais solitárias pra mim, mesmo sendo este o dia do ano onde minha casa está mais cheia. É como se eu nem tivesse o direito de ser eu mesma entre minhas paredes, porque eles estão vendo, todos estão vendo, ela, a anti-social que nunca se entrosa. Passar a noite dormindo seria menos solitário do que minha casa em festa, pois nos sonhos eu não sou sozinha, neles eu conheço pessoas, tenho amores e posso criar o filme que mais me convém. Na confusão da festa não devo ser introspectiva pois logo veêm saber o que tenho, não posso chorar pois irão perguntar o que se passa e o que direi senão que a culpa é toda minha mesmo; por não conseguir, pelo menos nessa noite, me libertar das minhas angústias e de minha auto-piedade. Imagino quem virá falar comigo, que conversas eu gostaria de ter, do que eu gostaria de dar risadas, mas são sempre as mesmas conversas por conveniência, aqueles que eu gostaria de interagir passam e nem me notam, é sempre assim, os primos homens se compactam em um grupo homogêneo e a única prima mulher fica à margem, só observando, imaginando o dia em que âmbos se comportarão como primos, e não como estranhos. À meia-noite é um alívio, tudo passou. Um novo ano começa e com ele vêm as promessas de praxe que dificilmente serão cumpridas. Com o novo ano chega também o abraço caloroso dos meus dois heróis, aqueles que a cada dia tenho mais certeza de que são os donos do único amor verdadeiro. E então eu choro feito uma criança, agarrada à eles.

Qualquer dia desses eu gostaria de postar alguma coisa que não fosse sobre minhas angústias. Isso aqui está tão carregado negativamente quanto meus sentimentos e pra aliviar um pouco a "tensão" dos meus posts, eu pretendia postar sobre uma banda que me encanta muito: Kings Of Convenience. Queria falar um pouco da mistura de sensações que sinto quando ouço suas músicas, mas o Blogspot não está colaborando muito nos últimos dias e ontem uma amiga me propôs fazermos um blog sobre resenhas de livros/filmes/músicas em parceria, então, deixarei pra falar sobre o Kings nesse possível blog nosso. Isso me deixa sem saída, novamente terei de pensar em algo leve pra postar aqui. Céus! Preciso de boas inspirações, geralmente só me inspiro pra postar quando estou triste/nostálgica/angustiada D: Bem, essa será minha promessa de final de ano pra esse blog, começar a postar coisas mais filizes ^^,

37...38...39...40!

Lá vou eu! Faz tempo que eu queria escrever sobre isso :~
Era um dia qualquer, no qual  nada aconteceu. A rua estava calma, exceto pelas crianças que brincavam de esconde-esconde, alheias à minha passagem alí próximo. O garoto contava em alto e bom som, e gritou "LÁ VOU EU!" mais alto ainda e saiu correndo desembestado. É um tanto clichê e até dramático demais dizer isso, já que tenho apenas 18 anos recém completados, mas foi inevitável não voltar aqueles tempos de "1990 e alguma coisa". Costumávamos brincar aqui mesmo em casa, só nós três, na maioria das vezes a irmã de uma delas participava das brincadeiras, mas sempre ficava com a pior parte por ser a mais nova...a clássica "café-com-leite" de todas as brincadeiras. Elas sempre se encantavam com minhas bonecas, eu, só gostava de correr, quando muito, subir num parapeito e fingir que eu era uma cantora famosa e que realmente tinha potêncial pra cantar. Quando se é criança tudo é possível, até mesmo fazer sucesso como cantora rs =D Enfim, quando entrávamos num consenso e a brincadeira escolhida era o esconde-esconde a adrenalina tomava conta de mim. Sempre foi minha brincadeira preferida, me esconder do mundo, das pessoas, espreitar a melhor oportunidade pra então, sair correndo loucamente e tocar na parede gritando "31" e ganhar a imunidade da rodada. Não, eu não costumava ser honesta. Como disse, a adrenalina tomava conta de mim, e o desejo de ganhar também. Eu não contava em alto e bom som para elas ouvirem. Contava baixinho, tentando diminuir o tempo que os números me faziam perder, acelerando a contagem. Provavelmente eu pulava alguns números. Acredito que hoje em dia aprendi a ser mais honesta e menos competitiva, ou talvez não...sabe como é, crianças nunca mentem. Quantas vezes as brincadeiras não acabavam e brigas? Perdi as contas. Aliás, nunca parei pra contar. Tu só quer mandar nas brincadeiras! Tu me derrubou! Você escolheu a brincadeira, então eu tenho o direito de ser a primeira! Não, eu ja fui o "pega" da outra vez! E lá se ia cada uma chorando pro seu canto, jurando não mais falar com a outra. No dia seguinte eram cartinhas no correio, pedindo desculpas. Bem, naquela época bastava isso. Uma brincadeira no sábado a tarde, uma cartinha pra selar a paz. É triste, mas se me perguntar como elas estão hoje em dia, se estão bem, eu diria:
- Oras, esquecestes que guardo desafetos passionais (e mal resolvidos) com uma? 
- Mas e a outra? 
- Ah, é minha vizinha, de um jeito ou de outro, as notícias voam por aqui...
Todo esse sentimento nostálgico é bastante tóxico, uma frase bastante sábia que vi num filme de desenho diz: "Você não pode viver o presente amarrado ao seu passado." É bem verdade, mas, o que há pra aproveitar no presente senão os laços que presencio e ajudo a serem quebrados? Não, obrigada, traga mais um copo de nostalgia, meio cheio por favor.

Finalmente as férias chegaram, e com elas, a decisão da UECE de anular a primeira fase, então? Cidra e vestibular? Tudo bem, já decretei férias! O relógio agora que começou a trabalhar, não tenho pressa, não no momento. (Droga, mais um texto transbordando de pessimismo, melancolia e egocentrismo =T )

Dia de festa?


Hoje poderia ser um dia como outro qualquer. Pessoas morrem, outras dão seu primeiro sopro de vida. Algumas fazem aniversário e comemoram com os amigos, outras fazem aniversário, mas aonde estão que não achamos? Não, essa não é uma data a se comemorar. Mas é inevitável pra mim olhar o calendário (e nem precisou olhar, porque eu ja sabia o que este dia significa e a aproximação dele) e não lembrar do que você me dizia querer fazer, e agora não pode mais.
19 anos completados, mas não 19 anos vividos. Destes tantos anos, apenas 17 não completos, foram vividos. Eram tantas coisas pra se fazer quando a maioridade chegasse, agora ela chegou, passou, e seus planos só ficaram guardados nas minhas memórias. Pensei que a partir daquele ano, todos os outros que viriam eu estaria do seu lado, até o fim de nossas vidas, agora só resta eu aqui, sozinha, para "comemorar" o teu aniversário. Ironia mórbida hem? Todo esse sentimentalismo meu não combina com você, mas o que posso fazer? Sou fraca, sensível e inconformada ainda. Porque pessoas como eu, inoperantes e pessimistas, têm o direito de comemorar seus anos de vida inúteis enquanto pessoas como você, que sabiam o que queriam e lutavam por isso, não estão mais presentes para comemorar os seus próprios aniversários? Conversinha de pessoa que transforma qualquer reflexão banal num lamento, que corta, dói, angustia. Queria que estivesse aqui. Queria lhe abraçar forte, dar um presentinho tosco e dizer que você é meu único senhor.

Tempo lento, tempo curto, tempo passe logo,


Voe como vento. Vestibulares, Nenem(Enem), segunda fase da UFC. Falta tempo, falta tempo pra mim.Já nem me dedico mais ao curso de francês. Vai passar. Só mais uma semana e então o estrago estará feito. Aniedade não há. Desejo de aprovação sobra. Inoperância pra estudar me engole e afoga. Dissertações, manifestos, cartas abertas, cartas de opinião, anúncios publicitários, um texto por dia e para meu desespero minha pontuação nas redações não sobe. De química eu nunca soube de nada e de biologia, pensei que soubesse. Tenho consciência de que não ando fazendo minha parte, esse definitivamente não é o meu melhor. E mesmo com essa expectativa nada auspiciosa de ver como estou me preparando para a segunda fase, mesmo sabendo que não estou tão preparada assim, eu quero que chegue e passe logo. Quero passar um bom tempo acordando todos os dias sem saber que o tempo voa e os TD's para ler só aumentam. quero assistir todos os filmes dos Beatles e do Claplin que baixei. Quero assistir todos os cento e pouco episódios de Inuyasha. Quero terminar de ler Crônicas de Nárnia. Ler a saga HP, Orgulho e Preconceito e a saga Crepúsculo novamente. Ler Memórioas de uma gueixa que comprei há 3 meses e ainda está guardada na embalagem. quero voltar a ler blogs e cuidar um pouco mais do meu próprio. quero ir dormir cedo sem hora prevista pra acordar.
Falta exatamente uma semana. *-*

Love Hurts


A algum tempo que descubri essa música (Love Hurts) do Incubus, foi amor à primeira vista. Mas de primeiro momento não concordei com a letra. Associar algo tão bom a dor chega a ser até um insulto na minha opnião. Bem, hoje vi as coisas de outro modo.O fim de um relacionamento, amizade, falta de amor entre as pessoas, despedidas, gente que "teve" que ir para nunca mais voltar...quem nunca derramou alguma lágrima por culpa de um amor mal resolvido, interrompido, morto, não correspondido...? Infinitos motivos podem nos machucar, mas hoje, pensando melhor, percebo que a grande maioria desses motivos sempre tem uma essência: amor. Sempre o mesmo, vivo, intenso, teimoso. Uma das coisas que ouso dizer é que eu jamais abriria mão de viver sem ele. É como uma droga! É uma droga! Mas se a dor é o preço a se pagar, que seja! Talvez eu viveria tudo aquilo de novo, só pra me sentir novamente completa, mesmo que eu soubesse que breve tudo aquilo seria arrancado de mim. Foi algo tão precioso que eu poderia passar o resto da vida "pagando" por aqueles 11 meses e 14 dias. Não, foi exagero eu sei. Eu não aguentaria uma vida inteira de ônus, mas acho que uma vida inteira ainda seria pouco pra retribuir toda a felicidade que senti naqueles tempos. E sim, todo amor em sua essência contém seus espinhos.




♪ o amor machuca, sem amor eu não sobreviverei.

Pequeno raio de sol



Faz uma semana talvez , alguns dias a mais ou a menos, não sei. Tive um daqueles pequenos momentos de felicidade quente no meio de tantos desvios perigosos. Uma simples tarde, a tensão pré-vestibular me corrompia, nada poderia dar certo, era um fato. Para alguém como eu, que há tempos anda sendo privada de um convívio social dentro dos padrões normais chega a ser um fato deveras extraordinário contar sobre meus planos pro dia seguinte, meus receios e ouvir desejos de boa sorte de pessoas diferentes das mesmas de sempre, dos outonos e primaveras passadas. Porque o verão aqui não chegou ainda, pessoas legais demoram a aparecer e é sempre o mesmo vento nostálgico e seguro dos outonos passados que vem me visitar. Essa espera é muito longa, por que demora tanto a chegar? Os verões costumam ser efusivos e quando menos se espera ele já se foi e é por isso que prefiro a segurança dos outonos e primaveras, mas isso não significa dizer que não necessito de uma tarde quente de verão. Naquele dia senti que eu podia sim não ser tão estranha e dura com os outros, que eles mesmo não sendo ainda tão amigos assim poderiam me desejar boas coisas e podiam sim acreditar em mim, mesmo que eles não conheçam ainda o meu pior. Na volta pra casa senti que eu podia ser mais, que podia sim ter um pouco de boa sorte na prova do domingo e senti principalmente que em algum lugar em meio a tanta lama de timidez e pessimismo existe uma garota que possui um sol dentro de si, que pode sim ser agradável com gente nova e ser sociável (dentro do limite que permite a timidez de um tímido). Já era pôr-do-sol e ora seus raios mornos de fim de verão tocavam minha face, ora eram encobertos por árvores nem sempre tão belas, nem convenientes, mas sempre encantadoras. Uma hora as árvores encobririam o sol de vez, até o próximo raiar do dia, até o próximo verão, até o fim do inverno. Apesar do breve espetáculo, foi um instante de paz e talvez, quem sabe, um outro verão menos breve e mais alegre não esteja por perto, apenas esperando? Sinceramente, não suporto mais tanto frio.

No caminho

- Mas então...acha que está dominando mais as tuas específicas agora?
* Com tanto momento pra falar sobre isso, ele vem me falar agora quando em menos de duas horas estarei lá dentro fazendo essa maldita prova que eu nem ao menos me sinto preparada pra resolver? Só estou aqui por causa deles, não estou tentando pro curso que quero justamente porque não estou preparada o suficiente e o único jeito que encontrei pra me livrar logo disso foi escolhendo um curso que nem quero tanto assim. Então não faz muita diferença passar ou não agora. Faz diferença pro ego deles, pras esperanças deles, expectativas deles. A filhinha que é a esperança da família. Maldição de ser filha única, onde todas as expectativas só se voltam pra você. Sei que não fazem por mal. Existem pais muito mais incompreensiveis por aí. O fato é que tantas expectativas me broxam. Não quero desapontá-los mas por enquanto só quero passar numa faculdade e sonhar com uma vida tranquila, com uma casinha numa serra onde morarei com um marido calmo e dedicado, um beeagle e duas crianças. Vida profissional? dinheiro? Certo, ninguém vive só de amor, mas  ainda estou em tempo de sonhar com um futuro onde trabalho e carreira profissional não são definitivamente o centro de minhas preocupações. Deixem-me viver meu 17 (pelo menos até a próxima quinta-feira :/ ) anos em paz! Não, eu ainda não sei nada de química e chutarei toda a minha prova. Não sei nada de cálculo, fórmulas, exatas. Fui inoperante ao ponto de não absorver nada em um ano (desorganizado) de cursinho.*
- É pai, acho q sim.

Impressões



Tinha tudo pra ser uma agradável tarde ao lado dos amigos, mas não foi bem assim que aconteceu. Talvez ela apenas crie expectativas em demasia numa tentativa de  tapar o espaço vazio de sua vida. Vai ver é  só ansiedade por um passeio  tranqüilo, daqueles de filmes americanos aonde a "galera" se mostra tão sorridente e brincalhona, diferente da realidade cinza. Algum tempo depois, enquanto pensava sobre isso, ela decidiu que apenas tem a maior concentração por metro quadrado de amigos morgados e estranhos ao mesmo tempo, o que não é de todo ruim, porque o adjetivo amigos ainda está lá. São estranhos, fato. Falou sobre coisas desnecessárias e  acabou tendo de ouvir palavras de sabedoria de quem  mal conhecia. Horrível mania de falar sobre suas fraquezas! Já é ruim o suficiente pra ela saber (e reconhecer) que vive errado, ouvir dos outros então...eiê, se apenas isso gerasse a mudança, o mundo seria muito melhor e os sábios enrriqueceriam realizando consultas para os mais fracos de espírito. Os anti-sociais continuam à margem das conversas. Os gays continuam fúteis e frescos como nunca deixaram de ser. Os intolerantes continuam querendo que seja feita a vontade deles(minha) acima de qualquer coisa.  E os que não possuem o dom do eufemismo continuam proclamando suas palavras doces que de tão doces parecem até uma pisada em nosso calo inchado. Ao final do dia, olhando pela janela, ela teve a sensação de que foi uma tarde agradável. A culpa foi dela por se deixar enganar pelas propagandas de refrigerante. E eu nem sei mais o que dizer quanto a isso. :~

Bons dias


Ontem eu via garotinhas de 12 anos com seus hormônios a flor da pele, loucas pelos garotinhos espinhentos, vestindo roupas e saltos que em  nada condiziam com seus corpos,mentes e idades. Nos dias de ontem, a maioria das garotinhas pré-adolescentes surtavam à minha volta porque sua primeira menarca ainda não havia chegado. Eu por dentro as julgava tolas e torcia pra que a minha nunca chegasse. Ontem eu costumava ver garotinhos espinhentos e garotinhas precoces flertando uns com os outros no pátio da escola e enquanto eles perdiam seus bv's, eu corria feito doida, brincando de Polícia e Ladrão. Nos dias de ontem, amizades se construiam com apenas um "Hey, qual o teu nome? Quer passar o recreio comigo?", se destruiam com um "Você só quer mandar nas brincadeiras, vou embora, tchau!" pra se reconstituirem em alguns momentos com um "Amanhã, vamos brincar de novo que horas?". Ontem, perder o dia em frente a tv  não era uma perda de tempo necessariamente e nossa maior preocupação era "Droga, vou perder o desenho porque estarei na escola! tomara que chegue logo as férias." Era moda, algo muito comum até, as crianças desejarem logo ser gente grande. Para mim isso nunca foi grande coisa. E meu maior desejo, é que ontem nunca tivesse se tornado hoje.

Representando


Então fico sem saber como ajir. Devo abrir mão de minhas mágoas e simplismente ajir como se não estivesse magoada...este é o princípio do amor incondicional. Sacrificar seus princípios, ser amável com o outro mesmo que este 'outro' não faça o mesmo por você.  Ser como o palhaço que não importa o que aconteça, sempre representa com um belo sorriso em seu rosto maquiado pra esconder seus traumas, suas tristezas, seu egoísmo...Não! Eu poderia até mesmo fazer mil vezes isso por outra pessoa, mas não pra ela.  Este é o princípio do egoísmo. Seria uma atitude muito nobre. O outro sempre lhe trata como última opção, te humilha mas você sempre estará lá, inabalável como os inspiradores personagens dos livros e filmes, bem, isso só funciona em ficção! Ser fadada à solidão é um talento meu, e prefiro ser sozinha à ter um "amigo" que só lembrará de mim quando todos os outros brinquedos estiverem quebrados. Aquela velha história de Odeio quem me tira da solidão sem de fato me fazer companhia. Prefiro me recolher ao meu silêncio. É cômodo, não fere, deixa dúvidas e não preciso me explicar pra ninguém, porque é fato, pessoas nunca mudam, pra quê querem ouvir meus motivos então? No final das contas eu nunca tive o direito de me magoar mesmo, apenas fui humana, egoísta.

Sujeira pra todo lado


Enem cancelado, uhu o/ É bem típico dos brasileiros mesmo a falta de honestidade, tudo porque um policial federal ficou com raivinha e quis "se vingar", tsc. Eu nem estava com muita paciência pra resolver essas "cento e lá vai pedra" questões, não pretendo entrar pra nenhuma "facul parti", e a federal daqui só irá adotá-lo ano que vem (talvez), só ia fazer essa prova a titulo de experiência mesmo e como não me sinto preparada nem mesmo pra tentar estatística...deixe queto.Faltam menos de dois meses pro vestiba, é TENSO! T-T~ O lado bom disso tudo é que não precisarei faltar moi cours :) Vida de pré-vestibulando é um saco mesmo e como sabiamente um professor meu falou uma vez "Pré não é nada, vocês são um nada" e realmente...deveras verdade, tudo bem que eu tenho uma certa tendência a me sentir como um nada x] mas é tenso, é como se minha vida tivesse dado uma pausa e só voltasse ao play depois que eu consiga estar na faculdade. Não que eu esteja devorando livros de química e biologia muito pelo contrário, estou devorando romances, ficção, não-ficção, crônicas, tudo que em nada tem (muito) a ver com o vestibular e eu não consigo ter planos além de passar na faculdade e tudo que tenho que fazer, ver os filmes que baxei, as séries, aprender a tocar violão, vai ficando pra depois e no final sei que não finalizarei nenhum desses planos porque não sou dessas pessoas que transbordam determinação. No meio de tantas desventuras, só mesmo aquele amigo irmão e os cd's recém lançados do Kings of Convenience e Paramore para me fazer respirar mais leve.

Hoje será diferente.


É! Chegarei na sala e direi "Bom dia" aos meus colegas de classe, mesmo ninguém me respondendo, e não será aquele "Bom dia" pra dentro. Comprimentarei em alto e bom som. Não sentarei no lugar de costume (canto direito da sala à duas cadeiras de distância da parede), sentarei no meio, aonde é mais ventilado e perto da professora. Também irei perguntar qual o significado de certas palavras à professora e não sentirei frio na barriga segundos antes de minha voz sair amplificada para a pergunta. Conversarei com as pessoas, serei simpática, agradável e sociável sem parecer efusiva pois desprezo efusão. Serei apenas leve, e não deixarei transparecer meu medo. De errar, de falar, de não ser uma aluna aplicada, medo das pessoas. Foi tudo isso que não fiz hoje. As pessoas que chegaram antes de mim, me parecem deveras intimidativas e antipáticas e todos conversam entre si. Entrei de cabeça baixa, mordendo os lábios, curvada, quase num casulo. Sentei rápido no desejo de sumir logo do palco principal. Já era tarde quando percebi que sentei  no mesmo lugar calorento de todo santo sábado. Deixa o lugar ventilado para semana que vem, d'accord?

Anestesia

De repende não sinto mais nada. Me dá uma preguiça até mesmo de pensar sobre o vazio que me cerca. O vazio de amigos, de alegrias, de amor...é tudo tão motótono, que começo a achar que até minhas próprias cores estão sendo substituidas por diferentes tons de preto e branco. Pouco a pouco. Tanto melhor pra mim. Prefiro mesmo não pensar a respeito. Dizem que todos têm fases assim durante a vida, pois bem, eu mesma já pude comprovar isso e perceber o quão tolos e descrentes somos nós por acreditar que tudo já está perdido. Uma hora a noite vai embora e a dor também, mas tente dizer isso a quem sofre. Eles são estúpidos o suficiente pra não ouvirem os saberes da vida, mas no final sempre é o sol que nasce.

Amor que não se mede


Definitivamente, medir o tamanho do amor, seja lá qual for o tipo desse amor, é algo insano! Ainda assim, odeio essa sensação de que sou dispensável à quem me é(ou pelo menos, "era") indispensável. Isso soa bem clichê e me dá até asco de escrever, mas mais do que nunca, me sinto no vácuo, naquele vácuo no sentido mais literal da palavra. Um nada, e não importa o quanto esse nada tente melhorar, ele nunca vai ser o amigo perfeito, o mais extrovertido, o menos reclamão.. alguém que mereça um lugar especial. Porque, convenhamos, não existe lugar pro nada, ele sempre será o último a ter lugar na casa de alguém e o nada só queria um cantinho, mas a casa de perfeições, amigos perfeitos e divertidos, já está cheia. Ele há algum tempo já estava se adaptando a isso e nem doia mais ouvir o som da música, mas chega uma hora que começa a doer de novo e dessa vez não há ninguém pra lhe dar abrigo.

Le premier pas

Hmm, não sei bem o que pretendo com isso, sou uma blogueira iniciante fracassada[?], só sei que sinto necessidade de escrever, expelir todos os pensamentos repulsivos, dementes, felizes e tristes que habitam minha pobre e imatura cabeça adolescente. Mesmo que ninguém vá ler, se interessar...aqui poderei defenestrar tudo aquilo que ultimamente ninguém tem se importado muito em ouvir e terei a certeza de que mais uma vez, não estarei enchendo ninguém com esses meus pensamentos pessimistas e derrotistas porque eu não posso evitar senti-los =T
É, deu pra notar que sou o tipo de blogueira "querido diário" :D Agora, caro leitor, já sabes aonde veio parar ^^' E assim vamos nós, pas-à-pas. o/
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