Valentine's Day

 É uma tradição no Japão, as meninas presentearem os homens no dia 14 de fevereiro com um chocolate, e um mês depois, no dia 14 de março, os garotos retribuem a gentileza com um chocolate branco para as meninas. É o White Day. O legal disso tudo é que diferente do Brasil, e da maioria dos países, creio eu, os "sem namorado(a)" também têm direito de serem felizes e comemorar essa data rs. Não necessariamente a troca de chocolates é feita apenas entre amigos coloridos, namorados, maridos...mas entre amigos também. Claro que uma garota capricha um pouco mais no chocolate do seu "boy" especial do kokoro, mas os amigos também ganham chocolates e assim, todo mundo fica feliz e não se sente um deslocado completo por não ter alguém especial pra si.
Eu gostaria que aqui no Brasil, seguisse a mesma tradição. Acredito que no Japão a data seja bem comercial, como o Dia dos namorados é aqui, mas acho a tradição japonesa mais kawaii e simples também, porque não se tem preocupações extras na sua cabeça, como "que presente eu vou escolher?". Faz/compra seu chocolatinho, embrulha e já está pronto para entregar com todo carinho! Eu sempre quis ter um namorado nessa época do ano, pra trocarmos chocolates e comemorar o Valentine's Day (e um mês depois o White Day) no melhor estilo japonês. Rá =3
Bom, espero próximo ano ter alguém pra presentear e, happy Valentine's Day! <3

nota: kokoro = coração
kawaii = fofo, bonitinho

Vamos comemorar...

...feito idiotas a cada fevereiro e feriado.
As pessoas costumam sair pelas ruas sujando outras pessoas que nunca viram na vida, às vezes até saem "pegando" essas mesmas pessoas. Algo casual. Diversão a troco de momentos vazios. Ver a cara das pessoas suja de goma, ou outras porcarias quaisquer. É uma diversão sadia de pessoas racionais. Sujar quem você nem conhece. Aquelas indispensáveis "músicas de sucesso" saem das caixas de som dos "paredões" absurdamente altas, machucando os ouvidos, mas quem se importa? A música não incomoda, mais importante mesmo é sentir o corpo daquela pessoa desconhecida em suas mãos e já buscar no horizonte quem será sua próxima "vítima", como um bando de animais no sio. Não importa pra onde você vá, é incapaz de existir um lugar onde haja paz nessa tão esperada época do ano. As pessoas gostam disso; eu, devo dizer que odeio tudo isso. Posso até parecer aquelas beatas conservadoras, mas não sou. Acredito apenas que o Carnaval brasileiro é uma desculpa pra se fazer barulho, ouvir músicas ruins, se lambuzar feito idiotas, encher a cara e "cair" em orgias sem se preocupar com o bom senso. Se esquecer que (teoricamente) somos primatas civilizados, monogâmicos  e racionais. Nessa hora, minha (já existente) vergonha de ser brasileira é evidente.

Memórias

Assistir à todos aqueles vídeos, foi de alguma forma como passar novamente com eles uma daquelas tardes insanas. Aquelas regadas a chocolate quente em plena 15hs da tarde no calor infernal de Fortaleza, aquelas com quilos e mais quilos de barras de chocolate, onde a quantidade de gargalhadas era impossível quantificar. Não é algo que me faça sofrer, não mais. Talvez tenha ficado insensível à essas perdas; afinal, foram tantas que nem deveria doer mais. Não é preciso dizer que hoje aquelas tardes ficam só nos vídeos mesmo, impregnados com minha risada ridícula e tosca, diga-se de passagem. Aliás, tosco era o que nos definia. E talvez isso era o que nos unia, mas aos poucos cada um foi perdendo seu lado tosco, sua inocência de se divertir da maneira mais infantil possível. "Vamos varrer o deserto! HARRYYYYY! Rabicho, a varinha! Chu chu, Tumati e Beterraba. Legumes do tráfico. Ninguém me ama, ninguém me quer, vooou comer barata..." E as sandices não tinham fim, mas é melhor deixar com as citações por aqui mesmo. O garoto rechonchudo não é mais aquele piadista tosco, é agora um "homem" sério e egocêntrico, muito bem instruido nas artes das ciências sociais, políticas e antropológicas, ou pelo menos ele o pensa que é. A garota mongol e lesada, agora é a apatia sobre duas pernas. Aquela outra, que sempre teve uma propensão a ser diferente do grupo, finalmente ficou diferente...tanto que não pôde mais permanecer entre os outros. Parece ter se tornado fútil. Não sei, estou longe, não posso nem tenho mais o direito de avaliar seu caráter. Quanto a mim, minha risada continua tosca em vídeos, fiquei mais gorda, mais austera e menos tosca, e talvez seja isso a parte crucial de mim que se perdeu. Foi-se embora aquela leveza de ser, aquela alegria expontânea, aquele jeito "tosco" tudo foi-se embora e ainda continuo a procurá-los. Nos seus lugares, ficou o manto negro do lamento, da austeridade, da apatia, do mau-humor...sinto que ele está se desintegrando, mas não tão rápido o suficiente quanto eu desejo.
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